Íntegra de reportagem publicada na Revista Abrati
Uma boa surpresa foi oferecida pela Viação Cidade do Aço aos seus passageiros. Ela veio em forma de um moderno ônibus Marcopolo G7, modelo Paradiso 1050, montado sobre chassi Scania K 340, ostentando a pintura que era usada pela empresa no distante ano de 1972 – provavelmente a mais clássica e famosa das pinturas que identificaram seus carros.
Foto: Divulgação - Cidade do Aço/ABRATI |
Tal pintura está profundamente ligada à história da Cidade do Aço, e esse foi o principal motivo para ser trazida de volta por ocasião das comemorações dos 65 anos de atividades da companhia. A empresa não esquece que essa programação visual, criada e adotada em 72, coincidindo com seus 20 anos de atividades, causou grande impacto favorável junto aos usuários. A identidade visual assumida em 1972, e que agora foi comemorativamente aplicada no Paradiso 1050, é criação do arquiteto João de Deus Cardoso, que também desenhou a logomarca, em parceria com Carlos Antonio Ferro. Foram igualmente de autoria de Cardoso todas as atualizações de pintura que se seguiram, como, por exemplo, as de 1993, 2008, 2011 e a do ano passado. Tais pinturas identificaram e identificam à perfeição uma das mais tradicionais empresas brasileiras de transporte rodoviário de passageiros.
Elas sempre estiveram associadas à qualidade dos serviços executivos e convencionais prestados pela companhia há mais de 65 anos às populações do Vale do Paraíba e do Rio de Janeiro, nos setores urbano municipal e urbano intermunicipal, e ainda no fretamento contínuo e eventual de turismo. Joel Fernandes Rodrigues, diretor geral da Viação Cidade do Aço, sempre faz questão de destacar o papel desempenhado por todos os colaboradores da empresa ao longo dessa trajetória. “Sem o esforço deles teria sido impossível alcançar o ponto que atingimos”, assinala.
Viação Cidade do Aço foi fundada em 1951 por Geraldo Ozório Rodrigues, que anteriormente se dedicara ao negócio de extração de madeira, e à produção de dormentes ferroviários e de carvão vegetal, na cidade de Barra Mansa-RJ. Como na época estava sendo implantada na vizinha localidade de Volta Redonda, a Companhia Siderúrgica Nacional, Rodrigues associou-se a dois de seus amigos para criar uma empresa de ônibus. Em seu início, ela dedicou-se a transportar operários entre Barra Mansa e Volta Redonda. O empreendimento deu tão certo que em pouco tempo a Cidade do Aço tornou-se referência para todos os que se dedicavam ou passaram a se dedicar à atividade de transporte rodoviário de passageiros. Aos poucos, a companhia assumiu importância cada vez maior na vasta região alcançada por suas linhas, além de tornar-se admirada e querida das populações à margem do trecho fluminense da Rodovia Presidente Dutra até a cidade do Rio de Janeiro.
A frota é um capítulo à parte. Ficaram famosos os desfiles que, a intervalos de um ou dois anos, a Viação Cidade do Aço promove em cidades servidas por suas linhas, com a finalidade de apresentar os novos carros incorporados à frota, dentro do espírito de operar sempre com os ônibus mais avançados e seguros. Joel Rodrigues lembra os benefícios ambientais decorrentes da operação de veículos sempre novos e com manutenção adequada, principalmente a redução das emissões de gases nocivos à atmosfera e à saúde humana.
(Esta e outras matérias sobre o Transporte Rodoviário, você encontra na revista Abrati que está disponível on-line no site abrati.org.br em publicações)
Créditos: Juntos a Bordo - Abrati